Um semestre esplendoroso

O planejamento para o primeiro semestre de 2016 ainda teve alguns ajustes em março, quando deixamos a sessão semanal de fisioterapia dentro da clínica e ficamos apenas com a sessão da “Fisio na Praça”, em abril, quando Luisa iniciou na Musicoterapia e, em maio, quando iniciamos o atendimento com uma nova TO.  Não obstante, foi um período de estabilidade e rotina, sem sobressaltos.

É possível dizer que o semestre correu muito bem, tanto no que diz respeito às terapias como no que diz respeito à escola. Luisa adora a escola, as professoras e os colegas. Quase sempre é a primeira a chegar em sala de aula e não faz questão de voltar pra casa. É notável a felicidade dela ao chegar à sala de aula. A professora Ana Claudia certamente tem uma parcela enorme do mérito, porque é uma profissional de uma empatia incrível, as crianças a adoram. E como ela é Especialista em Musicoterapia, trabalha muito a parte musical com as crianças. E Luisa ama música. Gosta tanto que vive pela casa com seu tamborzinho de sucata tocando e cantando, como vemos nos vídeos abaixo:

E junto com as músicas vieram as dancinhas e coreografias. Luisa não pode ouvir uma música que dança. E as coreografias? Ela aprende todas. Eu tinha que ir até a escola filmar a professora  fazendo as coreografias, pra poder aprender também e fazer junto com ela. E assim a música e dança passaram a ter cada vez mais espaço nas nossas rotinas.

Por causa dessa paixão dela por música, ficamos extremamente felizes quando finalmente conseguimos encaixar sessões de musicoterapia em nossos horários. Assim, no final de abril iniciamos as sessões semanais de musicoterapia com a professora Mariana Braga

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Voltando à escola, a avaliação da Luisa ao final do primeiro trimestre foi muito positiva e todos, inclusive o Diretor, pareciam muito felizes ao nos cumprimentarem pelo bom desempenho dela. Ela adquiriu todas as habilidades propostas para o trimestre e sua socialização foi perfeita desde o primeiro dia, quando ela e Gabriel se escolheram para cuidar um do outro assim que se conheceram (foto abaixo):

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Acredito que o fato dela ter faltado um único dia em todo o semestre – e na última semana de aula, ajudou bastante em seu desempenho. Apesar de ter contraído vários resfriados durante o semestre, nenhum deles evoluiu a ponto de levá-la a faltar, mesmo com a sinusite crônica que ela tem. E quando ela contraiu algo que poderia levar a faltas, como foi o caso do surto de esromatite em sua sala de aula, veio um feriado emendado em um fim de semana, então na segura feira subsequente seu pronto restabelecimento permitiu que ela estivesse presente nas aulas.

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Essa foi a principal característica da saúde da Luisa nesse período – as viroses não evoluíam, a sinusite não complicava e a recuperação acontecia em um espaço de tempo menor. Confesso, inclusive, que eu esperava e me preparava para uma situação mais rotineira de viroses por causa da conjugação dos fatores inverno amazônico (chuvas diárias com mudança abrupta de temperatura) e aglomeração de crianças na escola, mas fui surpreendida positivamente. O que eu fazia (e ainda faço) quando o nariz começava a escorrer era dar banho de imersão em sal amargo (cloreto de magnésio) para reforçar a imunidade (dica da Christiane Aquino), lavar o nariz com soro constantemente, além de fazer algumas nebulizações por dia quando a secreção estivesse  muito espessa.  Quando a tosse se tornava “barulhenta”, fazíamos sessões de fisioterapia respiratória para expelir a secreção e a pediatra local prescrevia (e ainda prescreve) Acetilcisteína em todas as ocasiões.

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E assim passamos o semestre das chuvas sem antibióticos, anti-inflamatórios, corticoides e anti-histamínicos, vendo os quadros de virose se reverterem em um tempo não muito longo. Como toda regra tem sua exceção, no caso o que demorou a desaparecer foram os piolhos. Como eu não aceitei usar fármacos, nas vezes que Luisa pegou piolho, partimos pros processos mais demorados de limpar a cabeça com pente fino e usar apenas remédios caseiros sem contra indicação ou efeitos colaterais. É incrível como essa praga nojenta continua presente na vida das famílias até hoje.

No meio do semestre, em abril, comemoramos seu aniversário de dois anos, mas falarei sobre esse  assunto em um post específico. Para que ela não perdesse aula, optamos por não seguir a programação regular de levá-la para as consultas em São Paulo de seis em seis meses e adiamos assim a consulta de abril para o mês de julho, com a ideia de passar a viajar apenas nos meses de recesso escolar. O seu bom desenvolvimento nos deu a tranquilidade necessária para decidir por esse adiamento, pois ela parecia muito saudável e sapeca (inclusive com as estereotipias bem reduzidas), subindo nos móveis e aprontando de tudo, como se esticar toda no cadeirão pra pegar um pote de chocolate e comê-lo…….todo!!!!!

E com isso chegamos ao final do semestre e à tradicional festa de São João. Muitos ensaios em sala de aula e muita expectativa para o dia. E ela estava linda fazendo sua dancinha com os coleguinhas. As fotos que estão expostas, em que outras crianças aparecem, foram autorizadas pelos seus pais.

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Foi na segunda feira subsequente à festa de São João da escola que Luisa começou a apresentar os primeiros sintomas de uma nova virose. E na noite da segunda para a terça feira veio a febre, motivo pelo qual ela teve sua primeira (e única) falta na escola em seu primeiro ano letivo. Porém, na própria terça feira ela já ficou bem, a febre não voltou e a noite de terça e manhã do dia seguinte transcorreram normalmente, sem sinais de que a virose permanecia. Então ela voltou a ir pra aula, concluindo a ultima semana do semestre pelo qual somos tão agradecidos.

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2 comentários em “Um semestre esplendoroso”

  1. Boa tarde Gisele,

    Tenho uma filha que completará 1 ano em janeiro com SD. Tenho interesse em saber como vc inseriu a suplementação de EGCG na dieta da Luisa. Lendo a entrevista da Dra. Rosa Anna ela recomendou o uso a partir de 1 ano. Você pode me ajudar?
    Obrigada

    1. Oi Ceciliana. Para poder dar suplementos para Luisa, eu busquei a orientação de uma médica nutróloga e, mais recentemente, de um médico ortomolecular. Ela faz exames semestrais, para que possamos ter a tranquilidade de que está tudo bem com os seus sistemas renal e hepático e com o seu metabolismo de forma geral. A médica prescreve a manipulação de 10 mg de EGCG a 97% de pureza, ao dia. Mandamos manipular em farmácia de manipulação. Iniciamos com 1/4 da dose e depois fomos subindo gradativamente até chegar à dose recomendado. Como o EGCG quela minerais, a recomendação é que seja dado no mínimo duas horas após o suplemento de vitaminas e minerais e das principais refeições. Luisa começou a tomar com 16 meses,
      Porque eu segui uma ordem de introdução lenta de outros suplementos.

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